Proprietário de terras nordestino (?-1635). Durante o período das invasões holandesas , apóia os flamengos contra os portugueses e é considerado traidor pelas autoridades coloniais. Nasce em Porto Calvo, Alagoas, então parte da capitania de Pernambuco. Estuda com missionários jesuítas e, apesar de ser mulato, torna-se senhor de terras e engenhos de açúcar. Entre 1630 e abril de 1632, participa da luta contra os holandeses sob as ordens de Matias de Albuquerque. Profundo conhecedor da região, revela-se um hábil estrategista militar, preparando emboscadas nas quais os invasores são constantemente derrotados. Os holandeses oferecem liberdade civil e religiosa para quem os apoiar e conseguem a adesão de muitos cristãos-novos, negros, mulatos e índios. Calabar passa a auxiliar os holandeses e ajuda-os nos ataques às vilas de Igaraçu e Goiana, à Ilha de Itamaracá e ao Forte de Rio Formoso, obrigando as tropas coloniais a recuarem para o Norte. Numa contra-ofensiva em Porto Calvo, em 1935, o governador pernambucano arma uma cilada e consegue render as forças holandesas. Mesmo preso, Calabar insiste em afirmar que considera o domínio holandês mais benéfico para o Brasil que o jugo português. Julgado sumariamente, é considerado traidor e enforcado por ordem de Matias de Albuquerque.